Fernanda Soares
Fernanda Soares

29/12/2023, 07h


O ano de 2023 está chegando ao fim e o Sindsaúde/RN não podia deixar de destacar o quanto esse foi um ano longo e que exigiu muita luta. As crises econômicas, climáticas e políticas não deram nenhuma trégua à classe trabalhadora e os governos Lula (PT), Fátima(PT), Álvaro Dias (Republicanos) e demais prefeitos (as)  jogaram a conta para os(as) trabalhadores (as).
 
Os projetos do governo Lula nesse primeiro ano de mandato seguiram a velha cartilha neoliberal que ataca direitos da classe trabalhadora. O arcabouço fiscal criou um novo teto de gastos recauchutado que seguirá impondo cortes nos investimentos sociais e a reforma tributária manteve um sistema injusto, que faz os mais pobres pagarem mais impostos que ricos. Além disso, a revogação das reformas da Previdência, Trabalhista e do Ensino Médio caiu no esquecimento. O Marco Temporal foi aprovado num brutal ataque aos povos indígenas e ao meio ambiente e fortalece o agronegócio, as atividades ilegais e os conflitos na Amazônia e em outras regiões.
 
Aqui no Rio Grande do Norte, o destaque (muito negativo, por sinal) do governo Fátima Bezerra foi a ameaça da gestão de que se o ICMS de 20% do Estado não for aprovado na Assembleia Legislativa, o que de fato aconteceu, o governo iria suspender as tratativas com os sindicatos. A gestão declarou ainda que diante da perda de receita, o governo terá dificuldade de manter os salários em dia. Uma fala que para nós do Sindsaúde/RN soa como forma de chantagem, isso porque,  não adianta aumentar a alíquota do ICMS e aumentar a receita se a política do governo do estado continuar a mesma com: renúncia fiscal e isenção fiscal pros grandes empresários, não cobrança da dívida ativa das grandes empresas e imposto progressivo. O piso da enfermagem, por sua vez, foi e ainda é uma queda de braço constante com a gestão para que seja pago como defendemos: dentro do vencimento base e para ativos e aposentados. 
 
Em Natal, os(as) trabalhadores (as) da saúde passaram o ano todo batalhando para receberem o piso da enfermagem de forma digna e terem o restante da sua pauta atendida, mas só receberam enrolação e descaso. O Sindsaúde/RN também tem travado uma forte batalha para que os auxiliares (as) recebam o piso como técnicos. Para fechar 2023 a categoria ouviu da SMS,com o argumento de que a receita do município, que não há expectativa de pagamento da data base. Estrutura e condições de trabalho também foram exigências ignoradas pelo, oficialmente batizado este ano, prefeito caloteiro Álvaro Dias. 
 
É importante destacar que, tanto no estado quanto no município, o sindicato cobrou durante o ano todo a convocação dos cadastros de reserva e a realização de novos concursos públicos. Por essas e tantas outras, a agenda de luta e a unificação entre a classe trabalhadora seguirá firme e forte em 2024!