Os trabalhadores da Farmácia Popular do Brasil deram início a uma paralisação por tempo indeterminado na manhã desta sexta-feira, 24 de agosto
Fernanda Soares
24/08/2012, 12h
Os trabalhadores da Farmácia Popular do Brasil deram início a uma paralisação por tempo indeterminado na manhã desta sexta-feira, 24 de agosto. Eles iniciaram o movimento com uma manifestação em frente ao prédio da Sesap onde uma comissão se inteirou a respeito do problema que está ocorrendo no Tribunal de Contas da União. Após a manifestação, um grupo seguiu até o TCU para pressionar por uma solução.
Os trabalhadores enfrentam atraso de salários desde abril quando o contrato com a empresa JMT, responsável pela mão-de-obra, não foi renovado. Apenas o salário de julho está em atraso.
A empresa JMT possui três contratos com a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap). Um referente aos hospitais regionais, outro referente ao Samu Metropolitano, e um terceiro referente à Farmácia Popular do Brasil. Diferente dos dois primeiros, o das farmácias é pago com recursos federais. Entretanto esses recursos não estão sendo enviados desde abril devido a irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas da União que impediram a renovação do contrato. A empresa espera que a Sesap renove o contrato e quite as dívidas para poder pagar os trabalhadores.
A Farmácia Popular do Brasil é uma unidade ligada à Unidade Central de Agentes Terapêuticos (Unicat) e possui um farmacêutico responsável, servidor de carreira, em cada unidade. Os demais funcionários são trabalhadores da empresa JMT, terceirizados.
Em greve estão os 60 trabalhadores, entre técnicos e auxiliares de farmácia que trabalham nas 10 unidades existentes no estado. São seis em Natal, duas em Mossoró, uma em Parnamirim e outra em São Gonçalo do Amarante.
A assembleia que decidiu pela greve ocorreu na sexta-feira (17/08) e cumpriu todos os prazos legais da lei de greve. Uma audiência está prevista na Procuradoria Regional do Trabalho (PRT) no próximo dia 29 para tratar de assuntos referentes aos contratos da JMT com a Sesap por isso os trabalhadores decidiram por fazer uma assembleia, lá mesmo na PRT, a partir das 15h30.