Fernanda Soares
Fernanda Soares

30/07/2013, 16h


Evento “Saúde na Praça" pretende divulgar informações básicas sobre saúde e oferecer o serviço de aferição da pressão arterial. O objetivo é chamar a atenção para o movimento de greve e a falta de atendimento das reivindicações do governo do município.

Os servidores da saúde de Parnamirim, em greve desde 8 de julho, promovem nesta quarta-feira, 31, um dia de serviços de orientação à população. A atividade, que ganhou o nome de “Saúde na Praça”, acontece a partir das 8h, na praça Paz de Deus, no Centro.

Durante a ação, os servidores irão aferir a pressão arterial da população e serão oferecidas informações sobre aleitamento materno, Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), Teste do Pezinho, Teste Papanicolau e sobre vacinação.

Um posto de coleta de potes de vidro para a doação de leite materno também estará montado na praça. Os interessados devem levar embalagens de vidro, com tampa de rosca (embalagens de café solúvel e maionese, por exemplo) e entregar à equipe no local.

A ação faz parte das atividades de greve da categoria, e incluirá também a divulgação de um abaixo-assinado, pedindo a revogação do aumento no salário do prefeito Maurício Marques. Em 2013, o prefeito e os vereadores de Parnamirim tiveram aumento de 100% em seus salários, alterando a remuneração, no caso do prefeito, de R$ 12 mil para R$ 24 mil.

De acordo com Paulo Martins, diretor do Sindsaúde-RN, o objetivo da categoria é conscientizar a população de que esse aumento é injusto e de que a saúde pública precisa ser mais valorizada pelos gestores e pela sociedade.

Paulo afirma ainda que esse tipo de atividade contribui para o diálogo com a população a respeito da importância da greve e explica: “queremos deixar bem claro que os servidores da saúde não estão contra a população. Queremos respeito e condições dignas para trabalhar e atender a quem precisa”.

A GREVE CONTINUA - Em assembleia na sexta-feira, 26, os servidores da Saúde de Parnamirim decidiram manter a greve, que dura 22 dias.

No mesmo dia, o secretário de saúde, Márcio César, havia feito uma nova oferta de reajuste das gratificações: 33,33% (níveis elementar e médio) e 22,19% (nível superior). A categoria avaliou a proposta como insuficiente e optou por dar continuidade à greve e enviar uma contraproposta à prefeitura.

No documento encaminhado à prefeitura e à promotoria na manhã desta segunda-feira, 29, os servidores pedem agora 80% de aumento na gratificação dos níveis elementar e médio (a partir de agosto) e 60% de reajuste para o nível superior (também para agosto). Ainda não há data prevista para nova audiência com a prefeitura.