Direção do Sindsaúde faz vigília para garantir projeto
Os servidores da saúde do Rio Grande do Norte podem entrar em greve novamente
Fernanda Soares
04/09/2012, 15h
Os servidores da saúde do Rio Grande do Norte podem entrar em greve novamente. Na manhã desta terça-feira, 04 de setembro, a direção do Sindsaude RN concedeu uma entrevista coletiva onde informou à imprensa dos problemas que vem enfrentando para o envio do Projeto de Lei que prevê o reajuste nas gratificações dos servidores à Assembleia Legislativa.
Em seguida parte da direção seguiu para o Gabinete Civil da Governadoria onde foram informados pela secretária do Anselmo Carvalho que o projeto estava em andamento e que os prazos seriam cumpridos.
Eles permaneceram na sala de espera aguardando a chegada do secretário Álber Nóbrega que encontrava-se em Mossoró durante a parte da tarde.
Histórico
Os servidores da saúde fizeram uma greve de 60 dias no primeiro semestre de 2012 (abril e maio) e encerraram a paralisação depois de fechar um acordo com o governo do estado que previa um reajuste de 22% nas gratificações (GAE e Jornada Especial) e de incorporação parcial destas gratificações em 2013 e 2014.
Para que o acordo seja cumprido em setembro, conforme está previsto, o projeto de lei precisa ser enviado ainda esta semana para a Assembleia Legislativa. Desde junho a direção do Sindsaúde vem acompanhando o processo na Controladoria-Consultoria-Secretaria de administração-Secretaria de saúde-Governadoria. Em julho e agosto as visitas foram diárias. O sindicato inclusive contou com a ajuda do Dieese para elaborar as tabelas que irão ser anexadas a lei.
Na última sexta-feira, ao verificar os encaminhamentos, os representantes do sindicato souberam que o secretário do gabinete civil Anselmo de Carvalho havia devolvido o processo à consultoria. Já na manhã desta segunda-feira os secretários de saúde e administração disseram desconhecer o problema e o secretário Anselmo só poderia responder na tarde desta segunda. Os diretores permaneceram no local até mais de 21h e não foram recebidos.
O que vem ocorrendo é um jogo de empurra entre as secretarias, e os servidores se recusam a ficar no meio. Caso não seja apresentada uma solução com urgência a greve será inevitável.