No mundo, cerca de 830 mulheres morrem todos os dias por complicações relacionadas à gravidez ou ao parto, conforme aponta o Ministério da Saúde. Nesse sentido, o dia 28 de maio é conhecido pelo Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna. Uma data que destaca a importância dos cuidados no período pré-natal e no pós-parto para a saúde da mãe e do bebê.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define como mortalidade materna “a morte de uma mulher durante a gestação ou até 42 dias após o término da gestação, independente da duração ou localização da gravidez, devida a qualquer causa relacionada com ou agravada pela gravidez ou por medidas em relação a ela, porém não devida a causas acidentais ou incidentais”. O Brasil registrou, entre 1996 e 2018, mais de 39 mil óbitos maternos. Esse índice demonstra que a mortalidade materna tem sido um desafio para a saúde pública do país.
A mortalidade materna é um indicador importante da qualidade de vida da população, pois grande parte das mortes são evitáveis, atingindo, na sua maioria, a população com baixo poder econômico, baixa escolaridade, adolescentes e mulheres que vivem em áreas rurais e/ou de difícil acesso aos serviços de saúde. Em média, 40% a 50% das causas podem ser consideradas evitáveis. Um sistema de saúde de qualidade, com leitos suficientes e acompanhamento da gestante também são requisitos para reduzir o número de mortes de mulheres durante a gestação, o parto e o puerpério.
Para nós do Sindsaúde/RN, é imprescindível que a atenção no pré-natal e puerperal garanta o bem-estar materno e fetal. Para isso, os governos devem investir em uma saúde pública de qualidade, principalmente na atenção primária e especializada, permitindo um acolhimento necessário a mulher desde o início da gravidez. Por um SUS público e de qualidade. Salvar vidas maternas é uma escolha política. Vidas maternas importam!