O Movimento Mulheres em Luta (MML) realiza no próximo dia 8 de agosto (segunda-feira) um dia de mobilização em protesto contra a violência às mulheres que, no último período, vem sendo destaque na mídia com casos estarrecedores.
Em várias cidades serão realizadas ações como a colocação de faixas em locais de grande circulação de pessoas, panfletagens e ações nas redes sociais de forma coordenada, com um tuitaço às 20 horas, com a hastag #machismoecapitalismomatam. Há atividades já organizadas em cidades como São Paulo, Manaus, Juiz de Fora, Salvador e Porto Alegre.
Em São Paulo (SP) serão colocadas faixas a partir das 5h30 da manhã, no Viaduto Azevedo, na Radial Leste, próximo ao Sindicato dos Metroviários, e no centro, no Viaduto Condessa de São Joaquim, na Avenida 23 de Maio.
Com a extensão de 6 metros, a faixa vai trazer a inscrição “O machismo e o capitalismo estão nos matando. Basta de violência contra as mulheres”.
Segundo o MML, as mulheres e homens da classe trabalhadores precisam “reagir” diante dos inúmeros casos divulgados na mídia, de diferentes tipos de violência contra as mulheres.
“São ações do Estado, a partir da política do governo Bolsonaro, como a cartilha do Ministério da Saúde que nega o direito ao aborto legal; ou a ação do Judiciário como a coação feita à menina de 11 anos de Santa Catarina que foi pressionada a “aguentar mais um pouquinho” e impedida de fazer o aborto legal; ou ações como do PM que deu um tapa na empregada doméstica por ela ter chegado atrasada; além dos diversos casos bárbaros de feminicídios”, exemplifica Marcela Azevedo, do MML.
“Assistimos uma barbárie cada vez maior porque a violência machista está relacionada com o agravamento da crise capitalista. Afinal, é sobre os setores oprimidos, mulheres, negros e LGBTI+, que o capitalismo aumenta a exploração para garantir seus lucros. Por isso, defendemos que precisamos combater o machismo e este sistema que o reproduz”, afirma Marcela.