Fernanda Soares
Fernanda Soares

21/10/2022, 10h


A direção do Sindsaúde/RN visitou a UPA de Cidade Satélite, conhecida popularmente como UPA Sul, para averiguar denúncias sobre a superlotação na unidade, além de problemas estruturais. O cenário encontrado foi caótico e apresentava problemas ainda maiores como a internação improvisada de pacientes psiquiátricos na sala de medicação. O paciente em questão, registrado pelo sindicato, estava amarrado a uma poltrona ao lado de um paciente clínico, já idoso, que era medicado no local.  
 
Confira as imagens. 
 
Na unidade que, de fato, fica superlotada constantemente há uma série de dimensionamentos incorretos, falta profissionais e, por não conseguirem regulação, os (as) pacientes costumam ficar internados por longo períodos quando na verdade o correto seria apenas estabilizá-los (as) e encaminhá-los (as) para um hospital que tenha uma equipe multiprofissional e mais estrutura para atendê-los. Além disso, foi denunciado que o ar-condicionado da sala de medicação quebra constantemente. 
 
Todo esse descaso é reflexo de uma série de fatores repetidamente denunciados por nós, do Sindsaúde/RN, como: o fechamento do Hospital Municipal, a superlotação nos Hospitais do Estado que fazem parte da rede de atendimento de Natal e região metropolitana e o fechamento dos hospitais regionais. Cada leito que se fecha gera um prejuízo e contribui para sobrecarga das unidades que ainda funcionam e isso, somada à falta de profissionais para atender a grande demanda, resulta em cenário que não pode ser diferente do que vemos e denunciamos todos os dias.
 
Por isso que gritamos contra a terceirização e o sucateamento do sistema público de saúde através do fechamento de serviços tão comuns na gestão de Álvaro Dias( PSDB) e seguidos à risca também na gestão de Fátima Bezerra (PT). exigimos fortemente, também, a convocação dos aprovados no último concurso da saúde, realizado em 2018. A saúde pública de Natal precisa de mais leitos e de mais profissionais, o descaso que existe hoje maltrata não só os trabalhadores e trabalhadoras da saúde como também os usuários e usuárias do serviço. Chega!