Fernanda Soares
Fernanda Soares

30/11/2022, 13h


Na última quinta-feira (24), o Sindsaúde/RN recebeu um vídeo de trabalhadores e trabalhadoras da saúde do Hospital Giselda Trigueiro que mostra uma sala do Pronto-socorro Covid empestada de cupim por todos os lados. Segundo relatos dos próprios servidores, o cupim surgiu após a retirada de um armário que estava prestes a cair e machucar alguém. O armário era utilizado para deposito de soro, material de sondas e guardava pertences utilizados na unidade.
 
O Hospital Giselda Trigueiro (HGT) é referência no tratamento de doenças infectocontagiosas no Rio Grande do Norte e no enfrentamento à Covid-19. No entanto, enfrenta condições insalubres e problemas estruturais. “É um total descaso trabalharmos nessa situação”, desabafou uma servidora.
 
Para nós do Sindsaúde/RN é inadmissível que os servidores e servidoras da saúde trabalhem nessas condições insalubres, enquanto há um aumento significativo nos casos de covid-19 no estado.  Segundo o sistema de regulação, em todo o estado havia 33 leitos de UTI ocupados com pessoas com Covid e outros oito com pessoas com outras doenças, 10 leitos disponíveis e sete bloqueados. Só nesta terça-feira (29), o Giselda estava com 27 pacientes em leitos de UTI Covid.
 
O Sindsaúde/ RN exige que o governo Fátima Bezerra (PT) e a Sesap garantam dedetização adequada para o Giselda Trigueiro. É inadmissível que o hospital referência no tratamento de doenças infectocontagiosas esteja nessas condições. A saúde pública deve ser tratada como prioridade.