Fernanda Soares
Fernanda Soares

14/11/2013, 18h


Nesta terça-feira (19), no auditório D do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA) - UFRN, às 19h, será realizado um debate sobre a atual situação da Síria, promovido pela Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas) e a Assembleia Nacional de Estudantes - Livre (ANEL). 

O debate contará com a presença da militante da resistência síria, Sara Al Suri, com tradução simultânea. Ela vai debater sobre a situação da Síria no marco das revoluções árabes e buscar a solidariedade para a luta do povo daquele país contra o regime ditatorial. 

Em 2012, em sua primeira visita ao Brasil, ela contou suas experiências na revolução da Síria e como aquele momento foi relevante para os sírios. "Creio que foi uma das experiências de maior grandeza que qualquer sírio já atravessou. Pela primeira vez em anos sentimos que não estávamos mais sozinhos. O senso de pertencimento a um grupo, a força da ação coletiva era algo que ia além. E nos dava força de superar qualquer temor que carregássemos - e o regime era implacável. ", conta.  

No início do mês de outubro, a militante participou do I Encontro Nacional do Movimento Mulheres em Luta, em Belo Horizonte (MG) e falou sobre sua experiência de refugiada da ditadura Assad. 

Situação na Síria

A Revolução Síria começou na primavera árabe, em janeiro de 2011, e progrediu para uma revolta popular, exigindo maior liberdade, direitos humanos e uma nova legislação. 

Em resposta aos protestos, o governo sírio enviou suas tropas para as cidades onde aconteciam as manifestações com o objetivo de acabar com a rebelião. Por causa da repressão, centenas de pessoas morreram. Muitos militares se recusaram a obedecer às ordens de suprimir as revoltas. 

Em agosto, o governo de Bashar Al Assad provocou um brutal ataque com armas químicas na periferia de Damasco, matando centenas de pessoas, entre mulheres, idosos e, sobretudo, crianças, na região de Ghouta, subúrbio da capital. Este pode ter sido o ataque mais letal lançado por Assad contra a população civil. A estimativa da ONU é que 6,8 milhões de pessoas necessitem de assistência humanitária urgente – incluindo 3,1 milhões de crianças.