O Sindsaúde/RN recebeu, na última terça-feira (6), uma grave denúncia dos trabalhadores da lavanderia do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal. Segundo relatos, a unidade enfrenta a falta de produto químico essencial ao processo de lavagem do enxoval hospitalar, o que tem comprometido severamente a qualidade da limpeza e a disponibilidade de roupas de uso clínico.

Sem o aditivo específico, as roupas lavadas saem com sujeira visível e odor desagradável, exigindo múltiplos ciclos de lavagem para tentar alcançar o mínimo de higiene. Em alguns casos, as peças são submetidas a até três lavagens consecutivas, o que representa um desperdício de água, energia e esforço da equipe.

O impacto já é visível nos setores do hospital: há falta de lençois para os pacientes e trabalhadores relatam que muitos não estão conseguindo tomar banho por falta de enxoval limpo. A situação já era crítica, mas com a ausência desse insumo, evoluiu para um cenário de colapso no fornecimento interno de roupas. Trabalhadores da lavanderia relataram, inclusive, tentativas frustradas de permuta com outros hospitais, que também enfrentam o mesmo problema.

Na manhã da quarta-feira (7), uma diretora do Sindsaúde/RN esteve no hospital para buscar respostas, mas diante da ausência optou por agendar uma reunião para a próxima quarta-feira (14). Enquanto isso, trabalhadores e pacientes seguem expostos a riscos inaceitáveis. Além disso tudo, também foi denunciado ao sindicato as más condições dos campos que embalam o arsenal cirúrgico. As caixas são campos fora do padrão, velhos, rasgados e os profissionais da Central de Materiais (CME) perdem muito tempo para embalar as caixas, quando na verdade é preciso ter mantas próprias para embalagem desse material.

O Sindsaúde/RN cobra da governadora Fátima Bezerra (PT) e da Secretaria Estadual de Saúde Pública (SESAP) providências urgentes para reabastecer a lavanderia e regularizar o serviço, que é essencial para a segurança sanitária da maior unidade hospitalar do Estado. A lavanderia pede socorro. A saúde pública pede socorro. A responsabilidade é desse desgoverno!