Fernanda Soares
Fernanda Soares

28/04/2022, 16h


Entre os dias 21 e 24 de abril ocorreu o 4º Encontro da Rede Sindical Internacional de Solidariedade e Lutas (RSISL) realizado na cidade de Dijon, na França. O encontro reuniu cerca de 168 ativistas de 39 organizações de mais de 20 países dos 4 continentes. O Sindsaúde/RN esteve representado pela recém-eleita coordenadora, Rosália Fernandes, que também é da Executiva Nacional da CSP-Conlutas. 
 
A Rede Sindical Internacional de Solidariedade e Lutas foi criada em 2013 por dezenas de organizações sindicais da América, África, Ásia e Europa. A CSP-Conlutas faz parte das entidades fundadoras junto com a CGT da espanhola e a central francesa Solidaires.
 
A delegação da CSP-Conlutas contou com mais de 20 pessoas, representando diferentes categorias dos setores da educação, saúde, funcionalismo, dos Correios, da Petrobras e de movimentos populares e sociais. O Encontro discutiu a necessidade do fortalecimento da Rede Sindical e abordou temas como meio ambiente, mulheres, autogestão e controle operário, racismo e colonialismo, imigração e saúde do trabalhador. Vale destacar o painel especial sobre a situação da  classe trabalhadora ucraniana.
 
Foram elaboradas diversas moções, lidas na plenária final. Dentre elas, em defesa das lutas antifascista e contra as repressões, em apoio à luta por terra e moradia, pelo Fora Bolsonaro, em defesa dos povos originários e indígenas no Brasil, em solidariedade com Cesare Battisti, com o povo Saharaui, o povo palestino, e apoio aos trabalhadores da GOHS de Londres, Reino Unido, jornalistas da Notimex, do México, do setor de logística da Itália entre outras.
 
O Manifesto também foi atualizado coletivamente. O novo documento de princípios e objetivos comuns defende o fortalecimento do sindicalismo para romper com o capitalismo, para a garantia da independência do movimento sindical, que se mobiliza e luta eficazmente, como questão-chave deste período.  Foram definidas ainda ações a serem desenvolvidas pela Rede ao longo de 2022, como as do 1º de Maio, Dia de luta internacional da classe trabalhadora.
 
Para Rosália Fernandes, o 4º Encontro marca a resistência dos trabalhadores e trabalhadoras de todo o mundo que continuam na luta em defesa de seus direitos, em defesa de uma vida, de empregos, moradia. “O Encontro reuniu lutadores de todo o mundo e reforçou a unidade da classe trabalhadora contra os governos. Falar sobre a realidade dos trabalhadores da saúde do RN para ativistas de diversos lugares do mundo foi uma experiência única.  Com certeza, retorno para minha cidade mais fortalecida e com a certeza de que a luta continua e é internacional”, finaliza Rosália.