Fernanda Soares
Fernanda Soares

26/09/2013, 15h


Cordel: FORA ROSALBA

Autor: Hegos

I
Senhora Governadora
Venho aqui pra conversar
Que poeta que é do povo
Não tem medo de falar
Se a Senhora não quer papo
Vai ter mesmo que escutar

II
Vou dizer que os servidores
Deste Estado não tá bem
Tá faltando mais respeito
Aos direitos que eles têm
Mas parece que a Senhora
Não governa mais ninguém

III
A Senhora pelos cantos
Tá ficando abandonada
Seus parceiros aliados
“Tão” fugindo em disparada
Deixando as Secretarias
À toa desgovernada

IV
Até mesmo o Secretário
De saúde se aproveita
Da crise do seu governo
Por certo já não respeita
Pois se manda lá pra fora
E a Senhora ainda aceita

V
Seu governo é um fracasso
Tá ficando só o coió
Quanto mais dia se passa
Cada vez tá mais “pio”
Lhe aconselho: Dê o fora!
Se mande pra Mossoró

VI
Pois o povo não tá mais
Suportando a Senhora
Quatro anos são demais
De governo sem melhora
Assim tome o meu conselho:
Pegue o beco e vá embora!

VII
Um governo que não tem
Política para a saúde
Só se ver a má notícia
E a Senhora sem atitude
A não ser pra cortar ponto
Mas o povo não se ilude

VIII
Que a Senhora é do Partido
De gente da ditadura
Que apoiou a repressão
As prisões e a tortura
Que calou toda imprensa
Com a mordaça da censura

IX
Contra os trabalhadores
Da saúde e educação
E também da segurança
Que na luta dão as mãos
Mas a prática da Senhora
Não é da negociação

X
Pois saiba Governadora
Que somos trabalhadores
Cidadãos do nosso Estado
Dele somos servidores
Pra servir ao nosso povo
Apesar dos dissabores

XI
Dissabor de ver a saúde
Faltando materiais
Hospitais sem ter doutor
E outros profissionais
Pacientes pelo chão
Escândalos pelos jornais

XII
Dissabor de ver o ensino
Sem a devida condição
Escola sem estrutura
Faltando manutenção
Salários dos professores
Com perda sem correção
XIII
Dissabor da Segurança
De um Estado sem firmeza
Por falta de um governo
A Polícia vive presa
Sem nenhuma condição
De trabalho com certeza

XIV
Seu governo tá no prumo
Que aprumou a ex-Prefeita
Vai tombar e bem ligeiro
Só assim é que se ajeita
A situação do Estado
Que hoje o povo não aceita

XV
Servidores estão em greve
E a culpa é da Senhora
Sem haver negociação
O problema não tem hora
Nem dia pra terminar
A não ser que vá embora

XVI
Já que dei o meu recado
Também chega a minha hora
O poeta se despede
Deixa um abraço aqui e agora
Pra juntar-se à voz do povo:
Que grita: ROSALBA FORA!

FIM