Fernanda Soares
Fernanda Soares

25/02/2014, 13h


Nesta segunda-feira (24), os aprovados no concurso público da saúde de 2010, que ainda aguardam pela convocação, se reuniram no auditório do Sindsaúde-RN para organizar a luta pela convocação. O concurso era válido por 2 anos e prorrogável por mais 2. No final de junho, o prazo da prorrogação expira, o que tem aumentado a ansiedade dos concursados.

Os aprovados da região agreste foram maioria na reunião. Lá, nem mesmo o 1º lugar do concurso foi nomeado. Foram 111 vagas e, 4 anos depois, nenhuma convocação. “A região agreste pede socorro e respeito. Não é justo que a gente fique nessa expectativa, quando sabemos que há necessidade de se chamar mais gente para trabalhar”, afirmou indignada uma das concursadas do agreste.

Segundo o relatório do TCE, há um déficit de 1.990 servidores nos hospitais da rede estadual. Apenas no Walfredo, faltam 256 técnicos de enfermagem, segundo a direção do hospital. O Sindsaúde defende a convocação de todos os concursados, para reduzir a sobrecarga de trabalho e garantir a qualidade do atendimento, e o não fechamento dos hospitais regionais. O sindicato também irá disponibilizar seu setor jurídico para acompanhar a luta dos concursados.

Segundo a assessoria jurídica, o governo tem um período de direito para nomear os servidores, mas ele não pode deixar de fazer a nomeação, uma vez que o número de vagas já expunha a necessidade do governo. A Sesap também não pode deixar para fazer a nomeação no último minuto, uma vez que a espera de 4 anos não é nada razoável.

Ao final da reunião, os concursados formaram duas comissões: uma para acompanhar o Sindsaúde-RN nas audiências no Tribunal de Contas do Estado e no Ministério Público e outra para mobilizar os concursados para um ato público na Sesap, a ser realizado no próximo dia 11 de março, após a assembleia dos servidores estaduais da saúde. “Precisamos tornar pública a necessidade de se convocar esse pessoal. Se falta gente para trabalhar nos hospitais, não podemos deixar que o concurso expire sem a nomeação desses trabalhadores. A população precisa saber disso”, comenta Rosália Fernandes, diretora do Sindsaúde-RN.