Fernanda Soares
Fernanda Soares

18/06/2013, 12h


A saúde pública do Rio Grande do Norte está em uma grave crise e, em 2012, o governo teve que declarar a calamidade no setor. Faltam 300 leitos de UTI no estado. Ou seja, daria pra encher um avião por mês com pacientes que não têm como se internar, que ficam sofrendo e podem morrer nos corredores. A crise se repete nas pediatrias e maternidades.

Mas o caos da saúde pública não é só por falta de equipamentos, medicamentos e de leitos. Há um outro lado, que os governos parecem ignorar: o dos servidores. O respeito com a saúde da população começa com o resgate da dignidade desses trabalhadores. No dia 11, em audiência pública, o próprio secretário estadual de saúde reconheceu que os salários dos servidores “não são dignos”.

O salário-base inicial é de R$ 622, menor do que o salário mínimo. E a tabela do plano de cargos vem sendo divulgada de forma distorcida, prejudicando os servidores, que já recebem o menor salário do RN, entre os servidores do SUS.

Trabalhamos muito e estamos no limite. Aceitamos plantões a mais para poder completar o salário que a inflação levou e para que os hospitais e unidades não parem. Em muitos locais, nós trabalhamos em dobro, pois faltam 1.859 servidores, além dos médicos.

Nossa campanha salarial é uma campanha em defesa da saúde pública, gratuita e de qualidade. Convidamos a população a conhecer nossas reivindicações e a apoiar esta luta, exigindo do governo que atenda e valorize quem cuida da saúde da população.