Fernanda Soares
Fernanda Soares

09/05/2014, 14h



Veja o que diz cada requerimento:

  O que está escrito O que significa
Requerimento 742/2014
Sandro Pimentel
(rejeitado)
Leia na íntegra
Impede a votação dos projetos da reforma administrativa até que “a Prefeitura negocie e chegue a bom termo com os servidores em greve” Pede que os demais projetos da reforma administrativa não fossem votados, até que houvesse um acordo com os servidores. O único projeto que poderia ser votado é o do reajuste, que já teve a sua primeira votação. Além de impedir a votação da reforma, exige que o governo de fato negocie com os servidores em greve.
Requerimento da bancada governista/Sinsenat
(aprovado)
Leia na íntegra
Permite “a aprovação da reforma administrativa, todavia sua eficácia e publicação fica condicionada a votação da data-base dos servidores”. O conteúdo será transformado em emenda nos sete projetos da reforma administrativa. A reforma administrativa pode ser discutida e aprovada, mas só entraria em vigor após a Câmara "aprovar a data-base". Mas não exige que a data-base seja em acordo com os servidores. Ou seja, basta o governo enviar um projeto com 2% de reajuste que fica liberado para implementar a reforma.

 

O requerimento do vereador Sandro Pimentel foi derrotado, recebendo 10 votos, dos vereadores de oposição. Toda a base do governo foi contra.

O requerimento da bancada governista foi aprovado, com nove votos contrários. No plenário, vereadores como Amanda Gurgel (PSTU), Sandro Pimentel e Marcos Antonio (PSOL), entre outros da oposição, denunciaram o acordo e lembraram os acordos que o governo fez e quebrou, com os estudantes e motoristas do transporte alternativo. “Nunca haverá a possibilidade de negociar uma proposta que atenda aos interesses dos servidores e os interesses do prefeito. É impossível. Esse requerimento do governo acelera a votação da reforma administrativa e não obriga a Prefeitura a apresentar uma proposta melhor para os servidores. Não se iludam com os vereadores da bancada do governo. São verdadeiros lobos em pele de cordeiro”, afirmou Amanda Gurgel.

O Sindsaúde foi contrário ao novo requerimento e denunciou o acordo, das galerias. “Ô servidor, vamos lutar. Nesse acordo, não dá pra confiar”, cantaram os servidores da saúde. “Vereador, não me enrola. Dois por cento pra mim é esmola”. Segundo Célia Dantas, diretora do Sindsaúde, “Não dá pra acreditar que todos os vereadores da base do governo, como Aquino Neto, Júlio Protásio, Adão Eridan, iriam agora ficar do nosso lado. O que aconteceu foi um grande teatro, pois o requerimento aprovado não garante absolutamente nada e livra a cara destes vereadores. Foi um show para enganar os servidores. O único requerimento que poderia incomodar o governo foi derrotado por estes mesmos vereadores”, completou.

Acordo rompe a unidade e fortalece o governo...
Desde o início da greve, o Sinsenat se recusa a fazer a unidade, inclusive com calúnias de todo tipo. A pressão dos servidores e a intransigência do governo forçaram a que este sindicato mudasse de postura. Todos sabemos que a unidade fortaleceria a nossa greve. No entanto, no primeiro ato conjunto na Câmara, sua presidente rompe a unidade e faz este acordo com os nossos inimigos, por um pedaço de papel que não vale nada.

O Sindsaúde lamenta que o Sinsenat tenha feito esse acordo e ainda o apresente para sua base como se fosse uma vitória. Mas nós não vamos enganar os servidores ou fabricar factóides. Os servidores municipais, que lutam e estão debaixo do sol fazendo uma linda greve, não merecem ser enganados e precisam saber que este acordo não garante nada. O acordo ainda leva os servidores a confiar nestes vereadores governistas, como a presidente do Sinsenat fez com a prefeita Micarla de Souza, quando posou para fotos de mãos dadas na frente da Prefeitura.

Nós da saúde vamos continuar na greve, e chamamos todos os servidores a confiarem apenas em sua luta. Nada podemos esperar da bancada governista e neste governo, que só pensa na Copa. Somente a nossa força pode alcançar a vitória. 

Não à reforma administrativa.
Em defesa de nossas reivindicações.
Na Copa vai ter luta!

Todos à assembleia geral, nesta segunda-feira, às 09h, no Sindsaúde.