Fernanda Soares
Fernanda Soares

22/05/2013, 11h


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Os auxiliares de saúde realizaram um primeiro protesto na manhã de hoje, convocado pelo Sindsaúde, no Viaduto do Baldo. O grupo reivindica a isonomia com os técnicos (de Enfermagem, ASB´s, Auxiliares de Radiologia e de Laboratório); o fim do assédio moral e condições dignas de trabalho. Após o ato, o grupo realizou uma reunião no auditório do sindicato, para discutir a mobilização coordenada pea diretora do Sindsaúde, Célia Dantas.

A isonomia é a principal reivindicação dos auxiliares. “A minha revolta é com a desvalorização da categoria. Isso é perverso, desclassifica a gente. Na hora de trabalhar, somos todos iguais, mas o salário é diferente. Temos de ter um salário justo para todos”, afirma a auxiliar Tânia Maria Dantas, da USF da Guarita, nas Quintas. Os trabalhadores estaduais – municipalizados – também questionavam a não extensão dos direitos e da remuneração dos trabalhadores do município e todos exigiram um reajuste da gratificação do PSF, congelada desde 2006.

Praticamente todos os manifestantes tinham uma denúncia de falta de condições de trabalho. Andrea Alexandre, diretora do Sindsaúde, relatou a situação da unidade do Nova Natal. “O prefeito e o secretário de Saúde estiveram na unidade de Nova Natal, para lançar a campanha de vacinação, em um sábado (22 de abril). Mas, na segunda-feira, não tinha álcool absoluto, para realizar o exame preventivo de câncer de colo de útero”, denuncia.

Outra trabalhadora relatou a falta de condições de trabalho e dificuldades em uma unidade próxima, no Loteamento Nordelândia. “Além da falta de medicamentos, sofremos com a falta de transporte, depois da retirada do ônibus 03 e o 28”. Os profissionais têm de andar em média 25 minutos para chegar ao trabalho, sujeitos inclusive à violência. “E faz três anos que não recebemos mais a gratificação por difícil acesso”, completa. Trabalhadores da PSF do Planalto também reclamaram do difícil acesso e da insegurança.

A falta de condições de trabalho é comum. No outro lado da cidade, no Guarapes, auxiliares denunciaram a falta de medicamentos; a demora na conclusão da reforma, que já dura quatro anos; o fechamento do Pronto Atendimento e a retirada do carro social, usado para buscar os pacientes.

Continuidade da luta
Na reunião dos auxiliares, muitos falaram da necessidade de unir a categoria, para que mais pessoas participem dos protestos. “Hoje somos 30, 40 pessoas aqui. Vamos conversar com nossos colegas, trazer todo mundo pra essa luta”, convocou uma auxiliar. Várias propostas foram aprovadas com este objetivo. A primeira, de aumentar as visitas às unidades, com a realização de atos e panfletagens. E, para isso, a preparação de uma campanha específica, com camisas, adesivos e um material impresso.

Todos concordaram em levar adiante um abaixo-assinado, para ser recolhido junto aos usuários, exigindo a isonomia e o atendimento às reivindicações.
Ao final, todos se comprometeram em retornar aos seus locais de trabalho e convocar os seus colegas para uma próxima assembleia dos auxiliares, convidando o Coren, dias antes da mesa de negociação com o governo, que está prevista para acontece entre 4 e 7 de junho.

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