Atraso no cumprimento do acordo preocupa Sindsaúde
As conquistas de uma greve nem sempre são conquistadas apenas com o movimento de paralisação
Fernanda Soares
20/08/2012, 08h
As conquistas de uma greve nem sempre são conquistadas apenas com o movimento de paralisação. Após o acordo ser firmado cabe ao sindicato acompanhar o cumprimento do que ficou acertado, pois muitas vezes os governos se valem da não fiscalização dos trabalhadores para atrasar ou não cumprir o que foi firmado.
Duas conquistas da greve ocorrida no primeiro semestre na saúde estadual vêm dando bastante trabalho à direção do Sindsaúde: o pagamento dos plantões indenizatórios em atraso e a lei que irá regulamentar o reajuste nas gratificações dos servidores.
Os plantões foram divididos em três parcelas, e desde o primeiro mês, em junho, vem sofrendo atraso. A primeira foi paga no dia 12 de junho e a segunda no dia 18 de julho. A terceira ainda não há previsão. Isso porque todos os pagamentos precisam assar pela controladoria geral do estado. Ao estar lá há alguns dias foi descoberto na última terça-feira, após insistentes visitas da direção do Sindsaúde que o pagamento não havia sido autorizado pelo secretário de saúde Isaú Gerino.
Agora o Sindsaúde tenta que o processo volte com urgência à Sesap para que possa ser feita a autorização e só então ser feito o empenho para o pagamento.
O outro problema que está dando trabalho é a lei que irá regulamentar o reajuste nas gratificações dos servidores. Atento ao prazo de envio da minuta para a Assembleia Legislativa o sindicato vêm marcando audiências e auxiliando o governo para que não haja problema na implantação.
Nessa quinta-feira, 16 de agosto, houve uma reunião na consultoria geral do estado na presença das diretoras do Sindsaúde, Sônia Godeiro e Rosângela Baracho, o consultor do estado José Marcelo, o representante do Dieese Melquisedec Moreira, e técnicos dos recursos humanos da Sesap e da secretaria de administração. O objetivo era traçar as tabelas que serão anexadas à lei que deverá ser votada na Assembleia Legislativa.
O projeto deverá ser mandado à Assembleia até o dia 30. A preocupação do Sindsaúde se justifica pois a casa legislativa retoma os trabalhos no dia 4, próximo ao feriadão da independência e na reta final da campanha eleitoral nos municípios.