Fernanda Soares
Fernanda Soares

27/06/2013, 17h


Na manhã desta quinta-feira, 27, cerca de 200 pessoas participaram de um ato em frente ao hospital Santa Catarina, na Zona Norte, convocado pelo Sindsaúde-RN. Em seguida, servidores, trabalhadores terceirizados e estudantes saíram em passeata pelas ruas próximas, parando o trânsito na Avenida da Redinha, a principal da Zona Norte, e realizando um ato em frente ao supermercado Nordestão. O ato fez parte do Dia Nacional de Lutas e Paralisações, convocado pela CSP-Conlutas e por outras entidades nacionais.

O ato denunciou a falta de condições de trabalho, a superlotação e o fechamento da pediatria do hospital. “Com o fechamento da maternidade Leide Morais e, agora, com a restrição do atendimento na Januário Cicco, o Santa Catarina está superlotado, mais do que já estava. Cada equipe de servidores atende mais de 100 pacientes. A situação aqui é insustentável”, afirma Adriana Sousa, diretora do Sindsaúde e funcionária do hospital. O atendimento à população, que já não é garantido, deve piorar caso o governo estadual implemente em 90 dias a política de atendimento referenciado, ou seja, só atenda pacientes que tenham sido atendidos anteriormente em outras unidades.

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A manifestação recebeu a adesão de diversos funcionários terceirizados, que estão em uma greve. Todos estão sem alimentação e parte está há três meses sem receber salários. Os funcionários, da empresa Safe, denunciam ainda que o contrato irá terminar no início do mês e não têm garantias do pagamento dos atrasados e dos direitos.

Duas turmas do colégio Varela Barca se juntaram ao ato. Os cartazes feitos à mão traziam frases como “Hoje a aula é na rua”, “Passe-livre”, “Fim das oligarquias”, “Ninguém vai nos calar” e “Fora Feliciano”. A passeata seguiu bastante animada, com palavras de ordem contra os gastos da copa do mundo e o governo Rosalba Ciarlini. A passeata foi aberta com uma grande faixa, com os dizeres “tem dinheiro para a copa e não tem para a saúde”. O protesto denunciou o governo Rosalba Ciarlini e muitos usavam o adesivo do “Fora Rosalba”.

Em frente ao Nordestão, foi feito um ato público, com a participação de representantes de entidades sindicais, como o Sintest-RN, e dos vereadores Amanda Gurgel (PSTU) e Sandro Pimentel (PSOL). “O ato de hoje foi muito importante. No dia anterior fizemos outro, com grande participação dos servidores, estudantes e médicos do Giselda Trigueiro. Vamos pra rua, em defesa dos direitos da população e da saúde pública”, afirma Simone Dutra, coordenadora-geral do Sindsaúde.


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