Fernanda Soares
Fernanda Soares

24/09/2013, 10h


Os agentes de saúde e de endemias e os demais servidores da saúde de Extremoz estão em luta por condições de trabalho e melhorias de salário. No dia 19, no dia seguinte ao adiamento de uma audiência com a prefeitura, os agentes iniciaram uma operação padrão, cumprindo expediente apenas na Secretária de Saúde. Eles têm sofrido assédio e ameaças por parte dos gestores, sendo inclusive impedidos de assinar o ponto.

Os agentes denunciam as péssimas condições de trabalho no município. Eles se encontram em um posto de apoio com infiltrações, problemas de instalação elétrica e de manutenção. Como não há fardas, eles percorrem as ruas da cidades e encontram dificuldades para atender a população. Há relatos de diversos servidores, como a agente Cintia Eliz, que foi impedida de entrar em uma residência para verificar possíveis focos de dengue, pois não estava devidamente identificada como agente.

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Outra denúncia é a falta de Equipamento de Proteção Individual (EPI) e de bolsas para levar o material de trabalho. São apenas cinco bolsas para 27 agentes, sendo que as mesmas estão em péssimas condições – mofadas, rasgadas e com a alça ameaçando romper a qualquer momento.

CAMPANHA SALARIAL E INDICATIVO DE GREVE
A campanha salarial dos servidores da saúde de Extremoz teve início em fevereiro, quando foi entregue a pauta de reivindicações ao prefeito, Klaus Rêgo, e ao secretário de saúde, Júnior Rêgo. Em julho, diante da falta de respostas, foi realizada um ato público e uma nova assembleia, onde foram incorporadas novas reivindicações. No dia 27 de julho, o secretário de Finanças, Antonio Lisboa, deu um prazo de 15 dias para responder à pauta dos servidores.

No entanto, a prefeitura vem adiando a resposta aos servidores, mostrando o descaso com a a saúde da população. Duas reuniões foram adiadas e a próxima está marcada para esta quarta-feira, 25 de setembro. Após a audiência, haverá uma assembleia dos servidores, que irá avaliar a resposta e discutir o indicativo de greve.