Fernanda Soares
Fernanda Soares

13/09/2013, 13h


Aos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Endemias

Na última semana, em duas ocasiões, a diretoria deste sindicato publicamente fez ataques ao Sindsaúde, inclusive com calúnias, distorcendo a verdade. Queremos esclarecer a verdade sobre os fatos, em especial para os agentes de saúde e de endemias, muitos associados ao Sindsaúde, que tomaram conhecimento das acusações.

A primeira acusação foi feita pelo próprio presidente da entidade durante a assembleia do Sindas, realizada no SESC. Diante de todos, o presidente citou um caso de uma agente de saúde que teria ido até a Caixa Econômica Federal, levando uma lista com nomes de agentes, e pressionando o gerente para que liberasse o pagamento para estas pessoas, na ação do FGTS. Segundo o presidente do Sindas, essa agente seria da direção do Sindsaúde.

A outra acusação diz respeito ao diretor do Sindsaúde Jefferson Cleyton. Em seu blog, o presidente do Sindas acusa o diretor do Sindsaúde de ter ido até a agência e “armado o maior barraco”, pressionado o gerente, etc. Segundo a acusação, o gerente da Caixa teria afirmado que se algo semelhante voltar a acontecer, “suspenderia a liberação do FGTS a todos”.
A acusação do Sindas provocou o temor dos agentes, de que pudessem perder um direito seu.

Diante destas acusações, a direção do Sindsaúde-RN, acompanhada de sua assessoria jurídica, foi nesta quinta-feira, 12, até o gerente da Caixa, Sr. Ricardo, para uma conversa sobre os dois episódios, buscando esclarecer o ocorrido.

A VERDADE APARECE
Na primeira acusação, o gerente recorda-se e guardou o nome da agente que o teria pressionado e nos mostrou. Não se trata de ninguém da diretoria ou da suplência do Sindsaúde. Sendo assim, a acusação feita durante a assembleia é uma mentira.

Sobre a segunda acusação, de fato houve uma discussão entre o diretor do Sindsaúde, Jefferson Cleyton, e o gerente da Caixa, sendo que os dois reconhecem que se alteraram.
No entanto, o gerente da Caixa nos garantiu que não ameaçou suspender o pagamento do FGTS, como afirmou o presidente do Sindas. Ou seja, em nenhum momento, a discussão ocorrida colocou em risco os direitos dos trabalhadores.

O diretor do Sindsaúde não se informou corretamente sobre como está sendo feita a liberação dos pagamentos e imaginou que todos poderiam receber imediatamente. Ele questionou o fato de o pagamento ter saltado dos servidores da letra “A” para os da letra “C”. Como esclarecido depois pelo gerente, isso ocorre porque a Caixa está neste momento pagando apenas os agentes que estão com a documentação e dados completos e corretamente preenchidos, em grupos de 20.

MENTIRAS NÃO - A diretoria do Sindsaúde lamenta os ataques e acusações lançadas pelo Sindas. A atitude provocou um temor da categoria completamente desnecessário.
Lamentamos que o Sindas, querendo conquistar os agentes que são sindicalizados no Sindsaúde, tenha recorrido à mentiras. Nosso sindicato jamais iria agir para ameaçar um direito legítimo de um trabalhador, como o FGTS. Todos devem receber o que é seu, por direito.

Essa atitude apenas enfraquece a categoria, que possui trabalhadores sindicalizados tanto no Sindas quanto no Sindsaúde, mas que é uma só e deve estar unida para lutar contra o governo Carlos Eduardo, em um momento decisivo de nossas campanhas salariais.

Os ataques entre entidades por meio de acusações e inverdades não devem fazer parte da história daqueles que querem construir outro caminho para a classe trabalhadora. Para o Sindsaúde, as ruas, as praças e as greves são a nossa principal arena de luta, e não os tribunais e os gabinetes dos governantes. Somos um sindicato independente e estaremos nas ruas, com os trabalhadores.

Natal, 13 de setembro de 2013.

Simone Dutra, coordenadora-geral
Direção colegiada do Sindsaúde