Na manhã desta segunda-feira (25), o Sindsaúde realizou uma assembleia de emergência com os servidores e servidoras da enfermagem do estado para tratar sobre a proposta do governo Fátima, de congelar por dois anos o nível 1 dos enfermeiros e técnicos de enfermagem, diante do reajuste que será concedido no ano de 2025. Isso, porque o reajuste salarial de 4,6% deve impactar na redução dos valores do complemento do piso da enfermagem.
Após a categoria avaliar a proposta do governo, os servidores e servidoras da enfermagem rejeitaram por unanimidade e aprovaram uma paralisação de 24h da enfermagem do estado para o dia 11 de dezembro.
Entenda:
A luta do Sindsaúde/RN sempre foi a defesa que o Piso da Enfermagem fosse colocado dentro do Plano de cargos da saúde, respeitando a carreira, o tempo de serviço e as progressões. No entanto, o Piso que hoje é pago para a categoria é um complemento, tendo como referência o vencimento básico do nível 1. Exemplo: Um técnico de enfermagem (nível 1) que trabalha 30h recebe 1.575,00. O Piso decidido pelo STF para as 30h é de 2.267,05. Portanto, o valor do complemento do piso que um técnico de enfermagem do nível 1 recebe 692,05.
Portanto, com o reajuste de 4,6% que será dado em janeiro de 2025, o salário base aumenta e o valor do complemento do Piso diminui, diante do conceito jurídico que o STF decidiu o que é o Piso. O Estado para evitar essa redução, quer congelar por dois anos o valor do salário base do nível 1. Nesse documento também foi enviada uma proposta sobre os ATS que atuam como técnicos de enfermagem. A proposta foi apreciada pela assembleia e aprovada com algumas modificações que serão elaboradas pelo setor jurídico e apresentada ainda na tarde desta segunda (25) pela direção junto com um documento informando sobre a rejeição da proposta ao Governo.
A proposta do governo foi enviada ao sindicato na semana passada e por isso, o sindicato chamou uma assembleia de urgência para discutir com a categoria. Reforçamos que o Sindsaúde/RN não negocia escondido da base e sempre presamos por um debate coletivo, porque quem decide os rumos da nossa luta é a categoria. Mesmo considerando uma proposta absurda e desrespeitosa com aqueles que fazem a enfermagem do estado e estão iniciando a carreira, nós recebemos e apresentamos à categoria, porque é assim que um sindicato de luta e democrático deve agir.