Os trabalhadores e trabalhadoras da enfermagem do Estado do Rio Grande do Norte e município de Natal continuam mobilizados. Neste momento apontam a importância da luta da categoria em prol da tramitação da PEC 19/2024 que altera o parágrafo 12 do artigo 198 da Constituição Federal, para determinar que o piso salarial dos enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e das parteiras refere-se a uma jornada máxima de trabalho de trinta horas semanais e não 44 horas como vem ocorrendo atualmente.
Segundo o diretor do Sindsaúde/RN João Assunção, a mobilização pela alteração da jornada deve ser nacional. "É importante nacionalizarmos essa luta para pressionar o Senado a votar pela alteração do piso, a partir das centrais sindicais e entidades estaduais e nacionais da saúde, só dessa forma conseguiremos pressionar os parlamentares", salienta.
Realizaram uma Assembleia Unificada dos trabalhadores do estado e do município de Natal na manhã da quarta-feira passada (7), quando lotou o auditório do Sindicato dos Bancários. Na ocasião, o Sindsaúde/RN apresentou os informes sobre a reunião com o secretário de Administração, Pedro Lopes, que ocorreu na tarde do dia anterior (6/8), após o ato público em frente à Governadoria e aprovou um calendário de assembleias do estado e município de Natal.
As duas categorias estão em mobilização unitária, também com reivindicações específicas. Uma das bandeira no município é o fim aos ataques e à organização sindical, pois o prefeito de Natal, Álvaro Dias, ajuizou uma ação proibindo o direito de greve dos trabalhadores.
O diretor do Sindsaúde entende como um desrespeito o que vem acontecendo com os trabalhadores. “Fomos fundamentais para salvar vidas na pandemia, perdemos colegas de trabalho, famílias, nos expomos, no entanto o que nós, cerca de 2,7 milhões de profissionais da enfermagem no Brasil nos sentimos é desvalorizados, tanto pelo governo estadual, municipal como federal”, disse.
João Assunção informou que na reunião com o secretário de Administração do estado ficou firmado que no dia 25 de agosto, o governo irá pagar uma parcela e meia dos retroativos do complemento do Piso da Enfermagem, que corresponde ao mês de maio e 50% do mês de junho/2023. Com isso, ficarão faltando duas parcelas e meia (o restante de junho, julho e agosto/2023 que de acordo com Pedro Lopes, o governo apresentará uma data para pagamento no dia 3 de setembro.
Dessa forma, a categoria da enfermagem do estado aprovou uma assembleia para o dia 4 de setembro com indicativo de paralisação, caso o governo não apresente uma resposta satisfatória. A ideia é repassar os informes da reunião do dia 3 e discutir os próximos passos da luta da enfermagem.
Autor: CSP-Conlutas